O que é frequência de Pulso?

A verificação da frequência do pulso é uma técnica que avalia o coração por meio do ciclo de expansão e relaxamento de uma artéria.

Segundo Potter (2018), a frequência normal no adulto é de 60 a 100 batimentos por minuto (bpm), mas esse número varia de acordo com a idade, conforme veremos nesse artigo.

A finalidade do procedimento é realizar uma análise da frequência, amplitude ou magnitude, estado da parede arterial que estão relacionados com possíveis alterações hemodinâmicas.

O pulso ocorrido pela onda de sangue que corre pelo interior das artérias provocado pela força de contração do coração, ou seja, pela força do volume sanguíneo sistólico.

A verificação da frequência de pulso é indicada para ser realizada em toda avaliação de saúde e faz parte do ciclo de avaliação dos sinais vitais.

Qual é o valor da frequência de pulso em cada faixa etária?

Qual a frequência de pulso de uma criança

É importante saber quais são os padrões normais de frequência de pulso para cada faixa etária.

A frequência da pulsação é maior em recém-nascidos e vai decrescendo ao passar do tempo, veja:

  • Lactente: 120 a 160 bpm;
  • Infância: 90 a 140 bpm;
  • Pré-escolar: 80 a 110 bpm;
  • Escolar: 75 a 100 bpm;
  • Adolescente: 60 a 90 bpm;
  • Adulto: 60 a 100 bpm.

Onde aferir a frequência de pulso?

Pode-se palpar diversos pulsos arteriais tais as artérias temporal superficial, carotídeo, radial, ulnar, braquial, femoral, poplíteo, tibial posterior e dorsal do pé.

É muito importante mencionar que o pulso carotídeo deve ser palpado apenas no terço inferior do pescoço para evitar uma estimulação vagal através do seio carotídeo.

Além disso, não se deve palpar ao mesmo tempo ambas as artérias carotídeas, pois pode haver uma redução expressiva do fluxo sanguíneo para o cérebro provocando perda de consciência.

Características do pulso

A realizar a verificação do pulso, devemos anotar as suas características, tais como:

  • Pulso cheiro e rítmico;
  • Bradisfigmia;
  • Taquisfigmia;
  • Pulso filiforme;
  • Pulso paradoxal;
  • Pulso alternante;
  • Pulso bigeminado.

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Pulso normal

O pulso normal é regular e arrendondado (cheio).

 

Bradisfigmia

Quando o paciente está com uma pulsação numa frequência menor que a mínima considerada normal para a idade, classificamos como um estado de Bradisfigmia.

Por exemplo, um paciente adulto que apresenta uma pulsação de 49 pulsações por minuto é considerado uma bradisfigmia, pois está abaixo de 60 pulsações por minuto.

 

Taquisfigmia

Por sua vez, a taquisfigmia ocorre quando a pulsação está maior do que o máximo de pulsações por minuto considerados normais para a idade.

Por exemplo, quando um adulto apresenta uma frequência cardíaca de 140 batimentos por minuto, ele terá uma pulsação de 140 pulsações por minuto.

Vale ressaltar que, embora comumente utilizado na prática clínica, os termos bradicardia e taquicardia não se referem a pulsação, e sim a frequência cardíaca.

Pulsação = Taquisfimia, bradisfigmia;
Frequência cardíaca = Taquicardia, bradicardia.

 

Pulso filiforme

Um pulso fraco sentido na artéria radial pode estar está relacionado, comumente, a uma diminuição do volume sistólico ou após a uma grande perda de sangue, por exemplo a uma hemorragia.

O pulso filiforme indica quase sempre um colapso circulatório periférico.

Pulso paradoxal

O pulso ora está forte, ora está fraco, o que vai ocorrendo em sincronia com as fases da respiração.

Este tipo de pulso é provocado por uma diminuição alternado com cada aumento do débito cardíaco em cada uma fase da respiração.

Como isso acontece?

Durante a inspiração, todos os vasos sanguíneos dos pulmões aumentam o seu tamanho devido a pressão negativa gerada no tórax, devido a elevação das costelas e rebaixamento do diafragma.

Nesse momento, o sangue se concentra nos pulmões diminuindo o débito sistólico e a força de pulso.

Por outro lado, quando ocorre a expiração, a pressão positiva gerada na caixa torácica, diminui a quantidade de sangue nos pulmões e aumenta a quantidade de sangue nas artérias e no débito sistólico, ocorrendo um pulso mais cheio.

A pulsação paradoxal é normal e menos evidente na maioria das pessoas, mas é bem expressiva em pessoas com tamponamento cardíaco.

O tamponamento cardíaco é conceituado como uma compressão externa do coração devido a uma presença de líquido no saco pericárdio ou por constrição do coração.

Déficit de pulso

Quando o paciente está em fibrilação atrial ou em casos de batimentos cardíacos prematuros, há dois batimentos tão próximos um do outro que o segundo batimento não realiza bombeamento de quase nada de sangue, pois o ventrículo tem pouco tempo para encher-se de sangue.

O pulso alternante é caracterizado pela alternância de uma pulsação de pequena amplitude com uma pulsação de grande amplitude, enquanto se mantém um rítmo regular de pulsação.

As causas mais prováveis de pulsação alternante é a insuficiência do ventrículo esquerdo.

Pulsações bigeminadas

As pulsações bigeminadas são caracterizadas por uma pulsação normal seguida por uma prematura, sendo que a amplitude da contração prematura é menor do que a pulsação normal.

As principais causas das pulsações bigeminadas são os distúrbios do sono.

Pulso amplo, hipercinético ou forte

O pulso amplo é prontamente papalvel, não diminui e nem é facilmente comprimido pelos dedos do examinador.

As possíveis causas do pulso amplo é o exercício, ansiedade, febre, hipotireodismo, rigidez aórtica ou aterosclerose.

Pulso em martelo d’água ou Pulso de Corrigan

O pulso em martelo d´água também é conhecido como pulso colapsante. Esse tipo de pulso se caracteriza por uma ascensão rápida da amplitude, seguida de um colapso súbito.

Recebe esse nome por parecer com um aparelho martelo d´água que é um tubo de vidro contendo água em 50% e nos outros 50% é composto de ar. Quando o tubo é invertido, a água cai como se fosse um corpo único e sólido. Isso produz uma solavanco nas mãos do examinador, como se fosse um golpe.

O pulso em martelo d´água é causado pela pressão diferencial causado pela insuficiência aórtica e outras patologias como anemias graves, fístulas arteriovenosas e hipertireoidismo.

Referência Bibliográfica

PAULA, M. F. C. et al. Semiotécnica: fundamentos para a prática assistencial de enfermagem. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsiever, 2018.

 

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Marcus Vinícius

Enfermeiro, Servidor Público, Coordenador Técnico do CAPS 1 de Lagoa da Prata-MG, empreendedor e blogueiro que dedica parte do seu tempo para a partilha de material de grande qualidade relacionados a Enfermagem e Sáude Pública.

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