Pega certa: amamentação! Como saber?
Quer saber sobre pega certa: amamentação?
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança.
Trata-se de um processo que envolve uma interação muito profunda entre mãe e filho, que trazem benefícios como:
- melhora o estado de nutrição da criança;
- aumenta a imunidade do bebê;
- garante um melhor desenvolvimento cognitivo e emocional infantil;
- repercute implicações na saúde psíquica e física da mãe.
No entanto, existem alguns fatores que impedem a amamentação adequada e provocam o desmame precoce.
A má posição e pega levam ao surgimento da lesão, fator crucial para que a mãe rejeite as mamadas.
Além disso, a própria dor provocada pelas lesões levam ao bloqueio da produção do leite.
Qual a recomendação para a mulher com lesão mamilar?
É recomendado:
- Não interromper a amamentação de maneira alguma;
- Realizar um pouco de ordenha da mamada, o suficiente para desencadear o reflexo de ejeção de leite;
- Usar as diferentes posições para amamentar, reduzindo a pressão nos pontos dolorosos;
- Iniciar a amamentação pela mama menos afetada.
Agora que sabemos que um dos motivos para interromper a amamentação é a má pega, vamos enumerar quais são os pontos chave para uma pega adequada, segundo o Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde, de nº 23.
Pega certa: amamentação
- Mais aréola visível acima da boca do bebê;
- Boca bem aberta;
- Lábio Inferior voltado para fora;
- Queixo tocando a mama.
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Posicionamento certo: amamentação
- O rosto do bebê de frente para a mama, com o nariz na altura do mamilo;
- O corpo do bebê próximo ao corpo da mãe;
- O bebê com a cabeça e o tronco alinhados (pescoço não torcido);
- Bebê bem apoiado.
É importante ressaltar que a má pega dificulta o esvaziamento adequado da mama e reduz a produção de leite.
Além disso, a má pega machuca os mamilos, tornando um meio de entrada de microrganismos, favorecendo assim, o surgimento da mastite.
Sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação
- Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;
- Ruídos da língua;
- Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
- Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;
- Dor na amamentação.
Quando a mama não é esvaziada de maneira adequada, a produção de leite continua, embora de maneira reduzida, no entanto acumula-se provocando o ingurgitamento mamário.
Neste momento, a mama está muito cheia e a aréola torna-se tensa, endurecida, dificultando à pega. Nestes casos, é recomendado, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada por meio de ordenha.
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Referência Bibliográfica
Cadernos de Atenção Básica, n. 23, Brasília, 2009a. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad23.pdf.