Como Higienizar na Administração de Medicamento Intramuscular?
Medicação IM: como higienizar?
Segundo o Ministério da Saúde (2018), é necessário realizar antissepsia da pele antes da administração de medicamentos injetáveis, independente da via, seja ela intramuscular, intravenosa, subcutânea, intradérmica, pois o procedimento reduz os riscos de infecção local ou sistêmica.
Essa é uma recomendação que está presente em protocolos internacionais sobre segurança do paciente.
Como higienizar?
O procedimento de antissepsia da pele deve ser realizado antes de realizar a administração de medicamentos injetáveis.
É realizado friccionando o algodão embebido em álcool a 70% na pele, por cerca de 30 segundos.
E depois, é recomendado esperar mais 30 segundos, para que ocorra a secagem da pele retirando qualquer vestígio do álcool.
No entanto, no Brasil, não é recomendado o uso de álcool a 70% na administração das vacinas, para evitar uma possível interferência entre o álcool e o imunobiológico.
Agora, se a pele encontra-se com sujidade visível, é recomendado a antissepsia com álcool 70% ou a lavagem com água e sabão.
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Qual o motivo da antissepsia da pele antes de administrar medicações injetáveis?
Administrar medicação por via parenteral, podem causar infecção hospitalar, se o profissional de enfermagem não realizar a higienização corretamente.
A antissepsia atua destruindo ou inibindo o crescimento de microrganismos existentes nas camadas superficiais da pele (flora transitória) e também nas camadas profundas da pele (flora residente) (Cardoso et al, 2006).
Caso não ocorresse esse procedimento, as bactérias adentrariam a pele durante a penetração da agulha, causando infecções.
Isso porque, “uma bactéria só causa uma infecção, quando a mesma é colocada em um local diferente do seu habitat.”
Vejamos uma comparação!
Quando colocamos um animal em um ecossistema diferente, ele desequilibra esse novo ecossistema, causando extinção de animais nativos.
Por exemplo, o bagre africano se tornou uma praga no Rio itabapoana, que situa-se entre os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro (Jorge Hipólito, 2009).
Antes da presença do bagre africano, o Rio itabapoana era abundante de peixes como: robalo, pial, cascudos, carapeba, tainha, e outros peixes de água doce.
Com o rompimento de açudes, esse peixe trazido da África para ser criado para o abate, está invadindo rios e reinando sozinho, pois apresenta uma apetite insaciável, alto nível de crescimento e uma capacidade de procurar água se rastejando pelo chão seco.
Da mesma forma, quando se retira uma bactéria do seu meio natural, e a mesma é colocada em um ambiente novo, ela se reproduz desenfreadamente causando um desequilíbrio daquele novo habitat, virando então um problema.
Como exemplo, temos as enterobactérias, que são bactérias naturais do intestino e lá tem funções importantes como:
- Impedem a instalação de bactérias causadoras de doenças no intestino;
- Regulam a absorção de nutrientes;
- Participam na produção de enzimas e vitaminas;
- Produzem componentes que são necessárias para a renovação das células intestinais;
- Estimulam o sistema imunológico.
Quando as enterobactérias chegam na vagina por exemplo, elas começam a crescer muito rápido, pois não existem inimigos naturais, e é instalada uma vaginose e uma vaginite bacteriana, causando um problema.
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Referências Bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. Anexo 03: protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Diário Oficial da União, DF, 25 de Setembro de 2013, Seção 1, p. 113: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/Protocolo-Medicamentos.pdf >. Acesso em 08 de nov. de 2021.
